"A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos"
George Bernard Shaw
Ah deixem-me lá ver. Há dias em que se morre mais. Dias em que nos permitimos estar cheios de auto-piedade. É mesmo assim. Hoje deu-me para isso. Mal abri os olhos dei por mim a morrer. Avaliamos tudo e nada nos parece valer a pena. Amanhã passa. O que me vale é que sou consciente. Tenho sempre consciência das coisas.
Há mails à espera de resposta, mas estas poucas horas de sono que a minha cabeça permitiu nos últimos dias, deixaram para além de olheiras, uma apatia enorme. Arrasto-me porque me forçam a viver, graças a Deus que forçam (queria que me deixassem sossegada. Não morria menos por isso.). Apenas um dedo se dá ao trabalho de tocar as teclas. E penso que é tão mau isto que escrevo, mas tinha que vir aqui dizer que me encheu o coração, o mail que uma menina me enviou, depois de ter batido e de lhe dizerem que eu não estava. Este texto, aposto, não te vai arrepiar. Este é arrancado a ferros depois de dias em trabalho de parto.
Preciso do sol e de ir ver o mar e lembro-me que no dois-mil-e-quatro tinha tanta necessidade de mar que nadei várias vezes em pleno Novembro, com uma água gelada que me congelava tudo, até os sentidos.
(continuava este post inacabado não fosse sentir-me no limite da minha força anímica. Amanhã volto a viver)