24.5.07

Insiste em chamar-me Laura. Não adianta dizer que não foi esse o nome que me deram. Conta-me histórias que eu não sei se quero saber. Digo-lhe "Parece que a poesia morreu nos meus dedos. Já reparaste? Não sei, não me apetece, não sei se quero...Partilhar o que quer que seja. Sinto-me envolta num manto de cansaço".
Silêncio. Não me diz nada. Depois, algum tempo depois, sorri naquele sorriso triste e diz-me "tu sabes... e é isso que te dói."