23.2.08

Eu não te choro. Não te deixo cair dos meus olhos. Guardo-te dentro deles. Tem sido lá que tens vivido sempre.
Espero, como sempre esperei, o dia em que o céu nos dará todo o azul.
Bebo tantas vezes do céu... Está lua cheia reparaste? Tu reparas sempre... Não há uma única vez em que eu não veja os teus olhos reflectidos no luar. Se eu pudesse agarrar a vida toda numa mão, arruma-la como se de meadas de lã se tratasse, talvez as palavras deixassem de ter fundo negro e não me deixassem estes espaços vazios no peito. Não os consigo preencher. Matamos tantas noites com os nossos corpos, que os dias estranham a ausência da pele.