No gmail, três e-mails de pessoas que vieram aqui parar sabe lá Deus como. De alguma forma as toquei, de alguma forma sentiram as minhas palavras. Respondi-lhes 2 dias depois com respostas meio atabalhoadas, meio sem nexo. Pouco coerentes. É do cansaço digo-lhes. Falta-me tempo, vontade. Para escrever. Seja o que for. Agradeço-lhes. É tão bom saber que alguém me dedica alguns minutos do seu dia. Que rouba ao seu tempo para me escrever. Saber que afinal do outro lado quem me lê não me acha tão insana como eu acho ás vezes. Não tenho escrito nada eu sei. Não me apetece, não tenho vontade. De nada. Nada, nada, nada. Os dias arrastam-se, as noites morrem devagar, o peito tão vazio, tão vazio. Percebo agora que os meus dias tem sido divididos em dormir, trabalhar, comer. Sendo que a fatia maior vai para o trabalhar e a menor (quase minima e que me deixa com os nervos á flor da pele) vai para o dormir.
Soube no outro dia que a C. está gravida novamente e tentei ligar-lhe. Parece que o número já não é o mesmo. Liguei então ao P. para lhe falar sobre a C. já que eramos unha e carne uns com os outros. Nada. Mando-lhe uma sms que fica pendente. Dois dias depois encontramo-nos e digo-lhe ele responde-me que o número não é o mesmo que agora é 96. A conversa segue rápida termina depressa, tem que ir abrir a loja. E eu sigo caminho e fico a pensar que estes eram dois dos meus 3 melhores amigos. E pergunto-me quando nos afastamos e pergunto-me se não fui eu que me afastei. Já tão pouco temos em comum. Já nada nos resta. Invadiu-me uma tristeza tremenda. É bom ter a Paula. A Paula de sempre. A que está sempre quando mais ninguém está. E... estou cansada. Tremendamente.